Licenciatura em Ciências Cachoeira do Sul: dezembro 2014

Campos Sulinos

Os Campos Sulinos, popularmente conhecidos como Pampas, no Brasil são exclusivos do território gaúcho, compreendendo uma área de 176.496 Km², o que representa 2% do território nacional e 63% do território gaúcho. No entanto, este bioma ainda estende-se por outros países, sendo eles o Uruguai, Argentina e Paraguai, atingindo uma área com cerca de 500.000 Km².

Este bioma se constitui de uma vegetação predominantemente herbácea rasteira, o que caracteriza a grande extensão campestre. Ainda exibem em suas paisagens capões de matas, matas ciliares e banhados, propiciando um vasto patrimônio cultural relacionado à Biodiversidade.

Adaptado de:

http://slideplayer.com.br/slide/1612046/

http://www.ibflorestas.org.br/bioma-pampa.html

Fauna

As principais funções dos campos sulinos são a manutenção e preservação da biodiversidade que traz ao homem o provimento de recursos genéticos, a polinização e estabilização dos ecossistemas. Eles representam grande contribuição à biodiversidade com inúmeros ecossistemas.

A Fauna que habita os campos sulinos apresenta em torno de 310 espécies, sendo:

No gráfico podem-se visualizar as classes de animais
com a respectiva totalidade de espécies.

Dentre as espécies animais encontradas neste bioma, podemos citar algumas como:

Mamíferos: Gato dos Pampas, Onça Pintada, Jaguatirica, Caxinguelê, Tamanduá, Capivara, Lobo Guará, Ratão-Do-Banhado, Graxaim, Zorrilho, Preá.

Aves: Jacu, Quero-quero, João-De-Barro, Sabiá do Campo, Perdiz, Beija-Flor, Pica Pau, Gavião-Chimango.

Peixes: Carpa, Cascudo, Jundiá, Lambari, Muçum, Pintado, Traíra.

Anfíbios: Sapo Cururu, Sapinho de Barriga Vermelha, Rã Touro, Perereca do Banhado.

Répteis: Coral Verdadeira, Lagarto, Jararaca Pintada, Jararaca do Campo, Jacaré do Papo Amarelo, Cobra de Vidro, Tartaruga Tigre d’Água, Tartaruga Verde e Amarela, Cruzeira.

Adaptado de:

http://www.mma.gov.br/biomas/pampa
http://www.todamateria.com.br/pampa/

Flora

A vegetação é marcada pela presença de gramíneas, plantas rasteiras, arbustos e árvores de pequeno porte.

Além de que as gramíneas apresentem cerca de 450 espécies de plantas como o capim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, barbas-de-bode, cabelos de porco, abrangendo maior território vegetal, em campos naturais destacam-se também espécies de compostas e de leguminosas, com cerca de 150 espécies como a babosa do campo, o amendoim nativo e o trevo-nativo. Ainda, em áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas, sendo algumas exclusivas da região.

O Bioma Pampa apresenta aproximadamente 3000 espécies de plantas, podendo ser dividas em: estepe, savana, floresta estacional semidecidual, floresta estacional decidual, formações pioneiras.

Dentre as principais espécies vegetacionais, podemos elencar um grupo de famílias de comum ocorrência nos pampas. Veja a tabela abaixo:

Adaptado de:

http://www.mma.gov.br/biomas/pampa

http://www.almacarioca.com.br/pampas.html

http://www.todamateria.com.br/pampa/

Degradação

Degradação do Bioma Pampa

Segundo CSR/IBAMA (2010), estimativas da perda de habitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32%, e em 2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa.

Essa queda no percentual da vegetação nativa neste ecossistema causa um dano indescritível à diversidade biologia, e também a maior parte do Aquífero Guarani, se dá por vários motivos, sendo os principais:

Pecuária: quando fora instalada na época da colonização do Brasil, que por muito tempo protegeu os campos que serviam de pastagem ao gado, hoje, devido ao aumento da carga no campo e a substituição das pastagens naturais por outras mais restáveis.

Agricultura: além da frequente desestruturação dos campos para a lavragem de terras para a produção de trigo e soja, o uso de agrotóxicos também afeta significativamente a vegetação deste bioma.

Silvicultura: inserção de plantações de árvores como o eucalipto, com finalidades comerciais.